Você já deve ter reparado que 2024 começou pesando um pouquinho a mais no bolso de quem lida com frete, mas você sabe o porquê dessa alteração depois de 8 meses consecutivos de quedas nos custos médios?
Depois de um longo período, o ano começa com uma surpresa nem tão agradável apontando para uma tendência de alta nos preços do setor, conforme avaliação de Vinícios Fernandes, diretor da Edenred Repom. Os dados do Índice de Frete Edenred Repom (IFR) revelam que o preço médio por quilômetro rodado passou de R$ 6,22 em dezembro para R$ 6,36 em janeiro, permanecendo ainda 10% abaixo dos níveis de janeiro de 2023. No entanto, as primeiras semanas de fevereiro indicam um novo aumento, de acordo com a pesquisa realizada.
Saiba o que está afetando os seus custos em 2024 e não deixe de esclarecer todas as suas dúvidas sobre as expectativas deste ano!
O que mudou?
- Atualização dos pisos mínimos de frete: Realizada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) em janeiro, contribuiu diretamente para o aumento dos custos de transporte.
- Pis/Cofins: Em janeiro, a cobrança do PIS/Cofins sobre combustíveis foi retomada, e em fevereiro, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) aumentou, o que teve um impacto nos custos do setor.
- Qualidade das vias: O meio que concentra a maior parte do transporte de carga do país merece atenção, sua qualidade afeta diretamente o custo logístico, já que o encarece com as manutenções de veículos, elevação do consumo de combustível e desgaste de equipamentos, peças e pneus.
Mas não fique preocupado
Neste momento, são necessários investimentos mais substanciais em infraestrutura para lidar com esses desafios e reduzir os custos logísticos. Desse modo, integra-se os vários modais de transporte e moderniza-se a infraestrutura existente, sendo necessária a coordenação institucional e financiamento adequado.
Apesar disso, o mercado de transporte e frete continua a crescer, muitos setores preveem diversos avanços para este ano como o agronegócio, o cimenteiro e a siderurgia. Também é esperado investimentos em construção civil e infraestrutura, bem como a recuperação das indústrias de transformação e de bens de consumo que instiga um possível aumento na demanda de frete.