Finanças comportamentais é uma área que estuda como o comportamento humano influencia as decisões financeiras. Ela parte do pressuposto de que muitas vezes as escolhas que fazemos em relação ao dinheiro não são racionais e que podemos ser levados por fatores emocionais, sociais e psicológicos.
Com base nessa abordagem, as finanças comportamentais buscam identificar estratégias para ajudar as pessoas a tomar decisões financeiras mais eficientes e bem-sucedidas.
Para pequenas empresas, a gestão financeira pode ser um desafio. É preciso controlar gastos, garantir que o orçamento seja bem distribuído e manter as despesas pessoais separadas das despesas da empresa.
Além disso, muitos empresários precisam lidar com diversas tarefas ao mesmo tempo, o que pode prejudicar a eficiência na gestão financeira.
Se você é um pequeno empresário que está em busca de informações sobre como melhorar a gestão financeira do seu negócio, este artigo é para você!
Você vai descobrir como melhorar o controle de gastos, garantir o uso adequado do orçamento e superar as principais dificuldades enfrentadas pelos empresários. Com essas informações, você estará mais preparado para tomar decisões financeiras mais conscientes e alcançar o sucesso em seu negócio.
- O que são finanças comportamentais?
- 3 blocos de estudo das finanças comportamentais
- Qual o objetivo das finanças comportamentais?
- Impacto das finanças comportamentais na administração da empresa
- Principais comportamentos financeiros de pequenos empresários
- Como as finanças comportamentais influenciam nas decisões?
- Evite cair em armadilhas financeiras
- Livros sobre finanças comportamentais
Boa leitura!
O que são finanças comportamentais?
As finanças comportamentais são uma área de estudo que combina conceitos de psicologia, economia e finanças para entender como os comportamentos humanos afetam as decisões financeiras.
Ela se concentra em como as emoções, os preconceitos cognitivos e outros fatores comportamentais influenciam as decisões financeiras tomadas por indivíduos e empresas.
Diferentemente da abordagem tradicional, que assume que os indivíduos são totalmente racionais na tomada de decisões, as finanças comportamentais levam em consideração fatores psicológicos.
A aplicação das finanças comportamentais na gestão de pequenas empresas é importante porque os proprietários desses negócios muitas vezes tomam decisões financeiras baseadas em fatores emocionais, como medo, ansiedade ou otimismo excessivo.
A compreensão desses fatores e como eles afetam nossas escolhas financeiras é fundamental para aprimorar a gestão financeira de pequenas empresas.
3 blocos de estudo das finanças comportamentais
As finanças comportamentais podem ser divididas em três grandes blocos de estudo: heurística, homo economicus e vieses comportamentais. Cada bloco examina aspectos diferentes do comportamento financeiro humano e ajuda a entender por que muitas vezes nossas decisões financeiras não são as mais adequadas.
Heurística
a heurística é um bloco de estudo que se concentra na forma como as pessoas tomam decisões com base em atalhos mentais, muitas vezes simplificando as informações.
Por exemplo, ao escolher um produto, o consumidor pode se concentrar apenas em um aspecto, como o preço, em vez de considerar todos os fatores relevantes. Na prática empresarial, isso pode levar a decisões que parecem boas a curto prazo, mas que não são as mais acertadas a longo prazo.
Homo Economicus
Homo economicus é o segundo bloco de estudo das finanças comportamentais. Refere-se a uma teoria econômica clássica que considera que as pessoas tomam decisões baseadas em informações objetivas e em seus próprios interesses financeiros. Por exemplo, em teoria, os consumidores sempre escolheriam o produto mais barato, independentemente da marca ou qualidade.
No entanto, na prática, os consumidores muitas vezes são influenciados por fatores emocionais e subjetivos na sua tomada de decisão, o que pode levar a comportamentos diferentes do que é previsto pelo modelo homo economicus.
Vieses comportamentais
Vieses comportamentais refere-se a erros sistemáticos na tomada de decisões que resultam de fatores psicológicos.
Alguns exemplos de vieses comportamentais são: a aversão à perda, que faz com que as pessoas valorizem mais as perdas do que os ganhos; o excesso de confiança, que leva as pessoas a superestimar suas habilidades; e o efeito manada, que faz com que as pessoas sigam o comportamento dos outros sem questionar.
Compreender e evitar esses vieses é fundamental para a tomada de decisões financeiras mais informadas e objetivas.
Qual o objetivo das finanças comportamentais?
O objetivo das finanças comportamentais é compreender como os fatores emocionais e psicológicos afetam as decisões financeiras dos indivíduos e das empresas.
Essa abordagem reconhece que os seres humanos muitas vezes não são tão racionais como se pensava, e que emoções, vieses cognitivos e outros fatores comportamentais influenciam a tomada de decisão financeira.
O objetivo final das finanças comportamentais é ajudar as pessoas e empresas a tomar decisões financeiras mais informadas e eficazes, minimizando os efeitos negativos dos fatores emocionais em suas decisões.
Alguns exemplos de efeitos negativos dos fatores emocionais nas decisões empresariais são:
Tomada de decisões impulsivas
Quando uma decisão é tomada com base em emoções momentâneas, sem análise adequada, pode levar a escolhas erradas que prejudicam a empresa. As finanças comportamentais podem ajudar a minimizar esse efeito, pois encorajam uma tomada de decisão mais consciente.
Superestimação do próprio conhecimento
Alguns empresários acreditam que têm mais conhecimento sobre finanças do que realmente possuem, o que pode levá-los a tomar decisões erradas.
As finanças comportamentais podem ajudar a minimizar esse efeito, uma vez que incentivam os profissionais a serem mais humildes e reconhecerem as suas limitações.
Resistência a mudanças
Muitos empresários resistem a mudanças, mesmo quando é evidente que elas são necessárias para melhorar a situação financeira da empresa.
As finanças comportamentais podem ajudar a minimizar esse efeito, pois incentivam a reflexão sobre as emoções e crenças que estão por trás dessa resistência.
Dificuldade em avaliar riscos
Alguns empresários tendem a subestimar os riscos financeiros de certas decisões, o que pode levar a problemas futuros. As finanças comportamentais podem ajudar a minimizar esse efeito, pois encorajam a uma avaliação mais realista dos riscos envolvidos em cada decisão.
Excesso de confiança
Alguns empresários confiam demais em suas próprias habilidades e intuições, ignorando dados importantes ou desconsiderando a opinião de especialistas.
As finanças comportamentais podem ajudar a minimizar esse efeito, incentivando a consulta a dados e a opiniões de terceiros para uma tomada de decisão mais fundamentada.
Ao compreender as finanças comportamentais, os empresários podem desenvolver uma visão mais ampla das decisões financeiras que precisam tomar, fazendo escolhas de forma mais objetiva.
Impacto das finanças comportamentais na administração da empresa
A compreensão das finanças comportamentais pode ser uma ferramenta valiosa para os empresários que buscam tomar decisões financeiras mais inteligentes e alcançar o sucesso em seus negócios.
Ao entender como os fatores comportamentais influenciam as decisões financeiras, esses empresários podem identificar seus próprios padrões de comportamento e adotar estratégias eficazes para minimizar os efeitos negativos desses fatores em suas decisões.
Algumas das maneiras pelas quais a compreensão das finanças comportamentais pode ajudar os empresários incluem:
- Tomada de decisões mais informadas: ao compreender como os fatores comportamentais afetam as decisões financeiras, os empresários podem tomar decisões mais informadas que evitem decisões baseadas em emoções ou preconceitos cognitivos;
- Melhor gestão financeira: a compreensão das finanças comportamentais pode ajudar os empresários a implementar estratégias eficazes para melhorar a gestão financeira de suas empresas, incluindo a definição de metas financeiras claras e a busca por aconselhamento financeiro profissional;
- Redução de riscos financeiros: ao compreender como os fatores comportamentais afetam as decisões financeiras, os empresários podem minimizar os efeitos negativos desses fatores em suas decisões, o que pode ajudar a reduzir o risco financeiro.
Finanças tradicionais x Finanças comportamentais
As finanças tradicionais e as finanças comportamentais são duas abordagens distintas para a gestão financeira.
As finanças tradicionais se baseiam na premissa de que os indivíduos são seres racionais e avessos ao risco, capazes de tomar decisões baseadas em fatores técnicos e fundamentados.
Já as finanças comportamentais reconhecem que as emoções e preconceitos cognitivos têm um papel significativo nas decisões financeiras.
Enquanto as finanças tradicionais se concentram em análises quantitativas e objetivas, as finanças comportamentais levam em consideração fatores subjetivos, como a personalidade do investidor, suas experiências passadas e suas emoções.
Embora as duas abordagens tenham diferenças significativas, elas também têm algumas semelhanças importantes. Ambas se preocupam com a gestão financeira, contendo gastos desnecessários, evitando prejuízos e dívidas. Além disso, ambas buscam alcançar o sucesso financeiro da empresa.
Ao adotar uma abordagem que combine as duas teorias, os empresários podem equilibrar a análise objetiva com a compreensão dos fatores comportamentais que afetam suas decisões, sem precisar deixar de ouvir seus interesses ou emoções.
Benefícios das finanças comportamentais para a empresa
Compreender as finanças comportamentais pode ajudar os empresários a identificar padrões de comportamento financeiro que afetam sua empresa, permitindo-lhes ajustar suas estratégias e tomar decisões mais informadas e estratégicas.
Além disso, a adoção de uma abordagem baseada nas finanças comportamentais pode melhorar a gestão financeira da empresa, definindo metas claras e implementando sistemas eficazes de contabilidade e orçamento.
Essas medidas podem levar à redução de riscos financeiros, aumentar a produtividade e rentabilidade da empresa a longo prazo, evitar desgastes emocionais e trazer um crescimento sustentável para o negócio.
Principais comportamentos financeiros de pequenos empresários
Certos comportamentos financeiros dos pequenos empresários podem afetar negativamente as finanças da empresa. Alguns dos principais comportamentos financeiros incluem:
- Viés de confirmação: a tendência de buscar informações que confirmem as próprias crenças e ignorar aquelas que as contradizem;
- Aversão à perda: a tendência de evitar perdas a todo custo, mesmo que isso signifique perder oportunidades de ganho;
- Excesso de confiança: a tendência de superestimar a própria capacidade de tomar decisões financeiras acertadas;
- Ignorância seletiva: a tendência de ignorar informações que possam prejudicar as próprias decisões financeiras.
Compreender e lidar com esses comportamentos financeiros é essencial para uma gestão financeira eficaz e pode ajudar a minimizar os riscos financeiros associados a eles.
Como as finanças comportamentais influenciam nas decisões?
As finanças comportamentais desempenham um papel importante na forma como as decisões financeiras são tomadas por uma empresa.
Os comportamentos financeiros, como o excesso de confiança, a aversão à perda e o viés de confirmação, podem influenciar as decisões financeiras em áreas como investimentos, financiamentos e gestão de caixa.
Por exemplo, um empresário excessivamente confiante pode tomar decisões de investimento arriscadas, ignorando os riscos e focando apenas nas potenciais recompensas.
Da mesma forma, a aversão à perda pode levar a empresa a evitar investimentos que possam apresentar riscos, mesmo que isso signifique perder oportunidades de crescimento e lucro.
Em relação aos financiamentos, um empresário pode ser influenciado pelo viés de confirmação e buscar apenas informações que confirmem sua decisão de obter um empréstimo, ignorando possíveis riscos e taxas de juros.
Já na gestão de caixa, um empresário pode ser influenciado pelo viés de confirmação a manter altos níveis de estoque para evitar perdas potenciais, mesmo que isso signifique comprometer o seu fluxo de caixa.
Evite cair em armadilhas financeiras
Para evitar cair em armadilhas financeiras, os pequenos empresários podem adotar uma série de estratégias, como:
- Planejamento orçamentário: um planejamento cuidadoso pode ajudar a evitar decisões financeiras impulsivas e arriscadas;
- Diversificação de investimentos: investir em diferentes entradas de receita podem ajudar a minimizar os riscos financeiros e aumentar as chances de lucro a longo prazo;
- Busca de informações: buscar informações imparciais pode ajudar a evitar o viés de confirmação, auxiliando na tomada de decisão de forma objetiva;
- Consultoria especializada: contar com a ajuda de um consultor financeiro especializado pode fornecer uma visão objetiva e experiente para tomar decisões financeiras mais acertadas;
- Monitoramento constante: monitorar regularmente as finanças da empresa pode ajudar a identificar problemas financeiros potenciais antes que eles se tornem problemas reais;
- Revisão periódica das finanças: revisar as finanças da empresa regularmente, incluindo os investimentos e os gastos, pode ajudar a identificar oportunidades de economia e melhoria financeira.
Livros sobre finanças comportamentais
Se você é um pequeno empresário interessado em aprender mais sobre finanças comportamentais, confira esses cinco livros que podem ajudar a aprofundar seu conhecimento:
- “Previsivelmente Irracional: As forças ocultas que moldam nossas decisões” de Dan Ariely: neste livro, o autor explora a irracionalidade humana e como isso afeta nossas decisões financeiras.
- “Rápido e Devagar: Duas formas de pensar” de Daniel Kahneman: neste livro, o autor, ganhador do Prêmio Nobel de Economia, explora como nossos processos de pensamento podem afetar nossas decisões financeiras.
- “O Investidor Inteligente” de Benjamin Graham: este clássico livro de finanças apresenta uma abordagem de investimento baseada na análise fundamentalista e pode ajudar a evitar erros financeiros comuns.
- “Psicologia Econômica” de Isabelle Brocas e Juan D. Carrillo: este livro apresenta os principais conceitos da psicologia econômica e como eles afetam nossas decisões financeiras.
- “Behavioral Finance: Understanding the Social, Cognitive, and Economic Debates” de Edwin Burton e Sunit N. Shah: este livro explora as principais questões em torno das finanças comportamentais, incluindo os desafios de aplicar esses conceitos na prática.
Conclusão
Independentemente do tamanho da empresa, é essencial ter uma gestão financeira eficiente.
As finanças comportamentais podem ajudar na identificação de padrões de comportamento financeiro, na definição de metas claras e na implementação de sistemas eficazes, reduzindo riscos e resultando em uma tomada de decisões mais estratégica.
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