O que é PLR? É a Participação nos Lucros e Resultados, um benefício pago pelas empresas aos colaboradores com base no desempenho e nos resultados obtidos. Diferente do salário, ela não tem natureza salarial e deve seguir regras específicas definidas por acordo ou convenção coletiva.
A sigla, que significa Participação nos Lucros e Resultados, representa uma forma eficiente de valorizar os colaboradores com base no desempenho e nos resultados alcançados ao longo do período.
Mais do que um benefício financeiro, a PLR é um mecanismo que reforça a cultura de reconhecimento e estimula a produtividade da equipe.
Em tempos em que a retenção de talentos e o engajamento são essenciais para o sucesso dos negócios, entender como funciona a PLR pode ser um diferencial competitivo — especialmente para empresas que desejam crescer de forma saudável e sustentável.
Continue a leitura para saber mais sobre o assunto com a Edenred Mobilidade.
Índice
- O que é PLR?
- Como funciona a PLR na prática?
- Quem tem direito à PLR e como ela deve ser paga?
- Regras de elegibilidade
- Limites e formas de pagamento
- Frequência permitida
- Quais os benefícios da PLR para pequenas empresas?
- Engajamento e produtividade
- Retenção de talentos
- Alinhamento de metas
- Redução de encargos
O que é PLR?
PLR, ou Participação nos Lucros e Resultados, é um benefício oferecido pelas empresas aos seus colaboradores como forma de recompensa pelos resultados obtidos coletivamente.
Prevista na Lei nº 10.101/2000, a PLR não tem natureza salarial, o que significa que não sofre os mesmos encargos trabalhistas de um salário comum, tornando-se uma alternativa financeiramente vantajosa tanto para empregadores quanto para empregados.
Diferente do salário, que é um pagamento fixo mensal por serviços prestados, a PLR está atrelada a metas e indicadores de desempenho, como produtividade, lucratividade ou cumprimento de objetivos específicos.
Já o PPR (Programa de Participação nos Resultados), embora tenha uma lógica parecida, costuma estar mais focado em metas pré-definidas e individuais ou por equipe, e pode ser adotado por empresas que não necessariamente distribuem lucros.
Em resumo:
- Salário = pagamento fixo obrigatório
- PPR = incentivo por metas e resultados específicos
- PLR = divisão proporcional dos lucros da empresa com os colaboradores
A escolha entre PLR e PPR vai depender do perfil e estratégia da empresa, mas ambas exigem regras claras e, preferencialmente, formalização por acordo coletivo.
Como funciona a PLR na prática?
Na prática, a PLR funciona como um bônus concedido ao colaborador com base nos lucros alcançados ou metas cumpridas pela empresa em um determinado período. Para que seja válida legalmente, a PLR deve seguir as diretrizes da Lei nº 10.101/2000, que estabelece os critérios para sua implementação.
A adoção da PLR exige planejamento. A empresa deve definir, de forma transparente, os critérios de elegibilidade, as metas de desempenho, os indicadores de resultado e as regras de pagamento.
Esses critérios podem variar conforme o setor, área de atuação ou tamanho da empresa, mas sempre precisam ser documentados em acordo coletivo ou convenção com o sindicato da categoria ou, alternativamente, por meio de uma comissão paritária composta por representantes dos empregados e do empregador.
Além disso, a lei determina que a PLR pode ser paga no máximo duas vezes ao ano e não pode substituir o salário fixo nem outros benefícios obrigatórios. A falta de formalização ou o descumprimento das regras pode gerar problemas jurídicos e caracterizar o pagamento como salário disfarçado — o que acarreta encargos trabalhistas e tributários.
Portanto, implementar a PLR corretamente é mais do que distribuir lucros: é um exercício de gestão estratégica e compliance, que valoriza o time sem comprometer a estrutura financeira da empresa.
Quem tem direito à PLR e como ela deve ser paga?
A PLR é um benefício que pode ser concedido a todos os colaboradores de uma empresa com vínculo empregatício formal, ou seja, contratados pelo regime da CLT. No entanto, sua aplicação não é obrigatória — ela é opcional por parte da empresa e deve seguir regras claras estabelecidas em acordo coletivo ou por comissão paritária.
Regras de elegibilidade
A empresa pode estabelecer critérios para definir quem terá direito à PLR, como:
- Tempo mínimo de casa;
- Participação em determinados projetos;
- Atingimento de metas individuais ou de equipe;
- Avaliação de desempenho.
Esses critérios devem estar previamente definidos no acordo ou regulamento interno, garantindo transparência e igualdade de condições entre os colaboradores.
Limites e formas de pagamento
De acordo com a legislação, o valor da PLR não tem um teto fixo, mas, se seguir as regras da Lei nº 10.101/2000, pode ser isento ou ter tributação reduzida no Imposto de Renda, dependendo do valor pago e da faixa salarial do colaborador.
A empresa pode pagar a PLR em dinheiro ou por meio de depósito em conta, e o valor não integra o salário — ou seja, não incide sobre férias, FGTS ou INSS.
Frequência permitida
A PLR pode ser paga no máximo duas vezes por ano e em períodos mínimos de um trimestre. Esse limite existe para evitar o uso da PLR como substituto de gratificações salariais.
Em resumo, quando bem estruturada, a PLR é uma estratégia vantajosa tanto para o empregador — por estimular a produtividade com menor carga tributária — quanto para o colaborador, que tem a chance de aumentar sua remuneração com base no desempenho coletivo.
Quais os benefícios da PLR para pequenas empresas?
Adotar a PLR pode ser uma estratégia extremamente vantajosa para pequenas empresas, que buscam formas de crescer de maneira sustentável, engajar seus times e manter a equipe motivada sem comprometer o fluxo de caixa.
Engajamento e produtividade
A PLR cria uma relação direta entre o desempenho do time e os resultados da empresa. Ao perceber que seus esforços impactam diretamente na recompensa financeira, o colaborador se sente mais motivado a contribuir com ideias, melhorias e foco em metas. Isso impulsiona a produtividade e fortalece o senso de pertencimento.
Retenção de talentos
Mesmo empresas com recursos limitados conseguem usar a PLR como ferramenta de valorização profissional. Ao reconhecer o esforço com participação nos lucros, a empresa demonstra transparência e preocupação com o crescimento do colaborador — o que ajuda a reduzir o turnover e a manter talentos por mais tempo na equipe.
Alinhamento de metas
Com critérios e objetivos bem definidos, a PLR ajuda a alinhar as metas individuais e de equipe com os resultados do negócio. Assim, cada área entende melhor seu papel estratégico e trabalha de forma mais integrada com os objetivos da organização.
Redução de encargos
Diferente dos bônus convencionais, que são incorporados ao salário e geram encargos como INSS, FGTS e férias, a PLR — quando respeita as exigências da Lei nº 10.101/2000 — não integra o salário. Isso representa uma economia significativa para o empregador, que consegue recompensar sem onerar a folha de pagamento.
Ou seja, a PLR não é apenas um benefício: é uma solução inteligente para gerar resultados consistentes com menos impacto financeiro.
Adotar a PLR é uma forma inteligente de valorizar os colaboradores, melhorar o desempenho da equipe e alinhar os objetivos individuais aos resultados da empresa.
Para pequenas empresas, esse modelo se mostra ainda mais estratégico, pois oferece incentivos eficazes com menor impacto financeiro comparado a outras formas de bonificação.
Contudo, para que a PLR funcione de forma eficiente, é fundamental ter organização financeira e controle sobre os custos operacionais.
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