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7 dicas para uma gestão financeira eficiente

Gestão financeira é o conjunto de práticas e técnicas utilizadas para gerenciar as finanças de uma empresa de forma eficiente, permitindo que o negócio cresça de forma sustentável e que o empreendedor enfrente situações desafiadores com maior segurança.

A gestão financeira é uma das áreas mais importantes em uma empresa, independentemente do seu tamanho ou ramo de atuação.

Ela envolve o controle e planejamento das finanças, buscando sempre maximizar o lucro e minimizar os riscos. Para isso, é necessário ter conhecimento e habilidades em finanças, além de ferramentas eficientes para o controle financeiro.

A gestão financeira tem um papel fundamental na tomada de decisões da empresa, como investimentos, aquisições ou cortes de gastos. 

Vamos nos aprofundar?

O que é Gestão Financeira?

Gestão financeira é o conjunto de práticas e técnicas utilizadas para gerenciar as finanças de uma empresa de forma eficiente.

Para que a gestão financeira seja eficiente, é importante contar com ferramentas que auxiliem no controle das finanças, como softwares de gestão financeira. 

É essencial que se tenha um controle financeiro rigoroso e um planejamento estratégico bem elaborado, para que se possa manter uma saúde financeira sólida e sustentável.

Com um planejamento financeiro bem consolidado, a empresa consegue se preparar para enfrentar situações adversas e aproveitar oportunidades de crescimento.

Outra etapa importante da gestão é o controle financeiro. Este controle envolve o acompanhamento das receitas e despesas da empresa, a análise dos resultados e a identificação de possíveis desvios em relação ao planejamento.

Para que serve a Gestão Financeira? 

Não por coincidência, a importância deste tema é amplamente discutida e estudada por diversas instituições, como o SEBRAE, o BNDES e o IPEA.

Frequentemente, o consenso é o mesmo: as conclusões apontam que a gestão financeira é um fator crítico de sucesso para as PMEs, uma vez que essas empresas podem enfrentar limitações de recursos e competição acirrada em seus mercados de atuação.

Não à toa, são poucas pequenas empresas que conseguem se estabelecer no mercado no longo prazo: segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 80% das micro e pequenas empresas não chegam a completar o primeiro ano, e 60% fecham antes dos cinco anos de atuação.

Com olhar atento, é possível visualizar oportunidades que podem levar a tomada de decisões estratégicas assertivas, como a redução de impostos a partir da revisão do regime tributário, por exemplo.

Com base nisso, destacamos 4 passos desenvolvidos dentro de um planejamento eficiente de Gestão Financeira.  

Planejar

O planejamento é uma etapa para identificar os recursos necessários para atingir as metas estabelecidas para o negócio, além de definir estratégias para alocar esses recursos de forma eficiente

O planejamento de curto prazo (operacional) está relacionado às atividades diárias da empresa, como o controle de fluxo de caixa, gestão de estoques e cobrança de clientes.

A médio prazo (tático) é voltado para um período de um a três anos, e envolve a análise de investimentos em ativos fixos, definição de fontes de financiamento e estabelecimento de políticas de crédito e cobrança.

E o planejamento a longo prazo (estratégico), para acima de três anos, envolve decisões como diversificação de produtos, expansão para novos mercados e fusões e aquisições.

O planejamento financeiro deve ser feito de forma integrada com as demais áreas da empresa, como marketing, produção, logística e recursos humanos, para garantir que as decisões estejam alinhadas com as estratégias gerais do negócio. 

Controlar

Além disso, o planejamento financeiro deve ser revisado e atualizado regularmente, para se adaptar a mudanças no ambiente externo e interno da empresa e garantir a sua sustentabilidade e crescimento a longo prazo.

Analisar

A análise é crucial para avaliar o desempenho financeiro da empresa, identificar problemas e oportunidades, e tomar decisões estratégicas embasadas.

A análise financeira pode ser realizada em diferentes níveis de detalhamento e abrangência, desde a análise de indicadores financeiros simples, como o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) e o índice de liquidez corrente, até a análise de fluxo de caixa, projeções financeiras e simulações de cenários.

Investir

Primordial analisar a alocação de recursos financeiros em projetos ou ativos que possam gerar retornos positivos para a empresa a longo prazo, concorda?

Leia também: Finanças comportamentais na gestão de pequenos negócios

Essa etapa envolve a avaliação de diferentes opções de investimento, como aquisição de ativos fixos, expansão de unidades de negócios, desenvolvimento de novos produtos, investimentos em tecnologia, na renovação dos veículos da frota, em inovação e em iniciativas muito em alta, como o ESG.

Como fazer uma boa gestão financeira na prática?

A gestão financeira é uma parte crítica de qualquer negócio, independentemente de seu tamanho ou setor. É fundamental ter uma boa gestão financeira para garantir a saúde financeira da empresa, tomar decisões informadas e estratégicas e alcançar os objetivos de longo prazo.

Para fazer uma boa gestão financeira na prática, é importante ter processos e sistemas eficientes em vigor. 

Um bom sistema de gestão financeira deve permitir o monitoramento e controle de despesas e receitas, fluxo de caixa, faturamento, pagamentos, cobranças, entre outros.

Além disso, é importante manter-se atualizado sobre a legislação fiscal e tributária aplicável ao seu negócio, a fim de evitar erros e penalidades. 

A criação de um planejamento orçamentário e um plano de negócio bem estruturados também é fundamental e permite a identificação de oportunidades de crescimento e a alocação adequada de recursos.

1. Elaborar um bom planejamento financeiro

Quais são as metas da empresa e quais os caminhos a serem percorridos para alcançar o patamar desejado? Um bom planejamento financeiro deve responder essas questões. 

Ao analisar as despesas e receitas da empresa, levante o máximo de informações possíveis, como custos com fornecedores, salários, impostos, vendas e outros.

Essa análise permitirá que você entenda melhor a saúde financeira do seu negócio e identifique áreas que precisam de ajustes.

Leia também: Diferença entre custo e despesa: descubra agora!

2. Controlar os custos 

Crie um orçamento com base nas despesas e receitas levantadas e nas metas financeiras definidas.

Além disso, esse documento deve prever as receitas e despesas da empresa para o período definido. É importante ser realista e levar em consideração fatores externos que possam afetar o orçamento.

Você, ainda, pode trabalhar com cenários diferentes: pessimista, prevendo alguma crise financeira ou ameaça do setor, realista, seguindo em linha com os resultados do ano corrente e ano anterior, e otimista, prevendo resultados acima da sua média histórica.

3. Defina indicadores de desempenho

O progresso precisa ser avaliado.

Aqui estão 4 exemplos de indicadores de desempenho que podem ser úteis na gestão financeira:

  • Margem de lucro: indica a porcentagem de lucro líquido em relação às vendas. É um indicador importante para avaliar a rentabilidade do negócio e deve ser monitorado regularmente;
  • Retorno sobre o investimento (ROI): é um indicador que mede a eficiência do investimento. Ele indica quanto de retorno financeiro um investimento gerou em relação ao seu custo. É importante monitorar o ROI para avaliar se os investimentos estão sendo efetivos;
  • Fluxo de caixa: é o movimento de entrada e saída de dinheiro na empresa. É um indicador fundamental para avaliar a saúde financeira do negócio e deve ser monitorado regularmente;
  • Prazo médio de recebimento (PMR): o PMR é o tempo médio que a empresa leva para receber o pagamento de suas vendas. O PMR ajuda a avaliar a eficiência do processo de cobrança e garante um fluxo de caixa saudável.

Ter um processo centralizado de pagamento, por exemplo, auxilia na visualização de todas as saídas, por categoria, contribuindo para o cálculo de boa parte destes indicadores.

4. Gerenciar o capital de giro do negócio 

O capital de giro indica a quantidade de recursos que a empresa possui para arcar com suas despesas e manter a operação em funcionamento a curto prazo.

Ao monitorar essa métrica, é possível avaliar se a empresa consegue cumprir de fato com suas obrigações financeiras e garantir com segurança o serviço prestado para seus clientes.

Se for necessário melhorar o capital de giro, existem boas práticas que podem ser implementadas: o controle rigoroso de estoques para evitar gastos desnecessários, e o gerenciamento eficiente das contas a pagar e a receber.

5. Realizar uma gestão eficiente do estoque

Controle de estoque é fundamental para empresas que vendem produtos físicos, como lojas virtuais. 

É preciso registrar e acompanhar as entradas e saídas de mercadorias para entender a demanda de vendas e planejar reposições mais assertivas.

A gestão de estoque evita a falta de mercadorias em alta demanda e situações de estoque parado. Um estoque mal gerido compromete a gestão financeira do negócio, seja pela falta de produtos para a venda ou compra de itens em excesso, prejudicando o capital de giro da empresa.

6. Estabeleça metas

Busque colocar no papel metas financeiras claras e alcançáveis para o ramo da empresa. Isso pode incluir aumentar a receita até uma porcentagem ou reduzir os custos para que representem até X% da receita, por exemplo.

Uma vez definidas, é importante monitorar o progresso em relação a elas e fazer ajustes conforme necessário. É recomendável revisar as metas periodicamente e atualizá-las conforme a evolução do negócio.

7. Utilizar um sistema de gestão empresarial

Com tantas tecnologias disponíveis no mercado, não faz sentido realizar todos os processos manualmente, o que pode acarretar erros e falhas.

Hoje, há informação para compreender e gerenciar controles de gastos específicos, como por exemplo os custos com frota

Além de centralizar as informações de diferentes setores em um único sistema, permitindo uma visão completa da situação financeira do negócio, o sistema de gestão empresarial também possibilita a otimização de tempo

Isso significa que tarefas que antes eram realizadas manualmente, como o controle de estoque, emissão de notas fiscais, acompanhamento de indicadores financeiros e elaboração de relatórios, podem ser feitas de forma automatizada pelo sistema. Isso não apenas aumenta a produtividade dos colaboradores, mas também reduz erros e falhas humanas.

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Principais erros na gestão financeira de um negócio

Existem passos que, literalmente, devem ser evitados. Alguns erros podem comprometer a gestão financeira de um negócio:

  1. Falta de planejamento financeiro: a ausência de um planejamento financeiro bem estruturado pode levar a empresa a gastar mais do que arrecada, não saber investir corretamente os recursos disponíveis e não se preparar para eventuais crises;
  2. Misturar finanças pessoais e empresariais: muitos empreendedores têm o hábito de utilizar o dinheiro da empresa para pagar despesas pessoais e vice-versa. Isso prejudica a gestão financeira do negócio e dificulta o controle dos lucros e despesas;
  3. Falta de controle de fluxo de caixa: não acompanhar regularmente a entrada e saída de dinheiro na empresa pode levar a dificuldades na gestão de pagamentos, falta de recursos para investir e dificuldade em prever a saúde financeira do negócio;
  4. Não fazer análises financeiras: é fundamental realizar análises regulares da saúde financeira da empresa, identificando pontos fortes e fracos e oportunidades de melhoria (uma análise SWOT).

Misturar finanças pessoais com as da empresa

Você já ouviu falar que “é raro, mas acontece sempre”?

Para evitar problemas graves na gestão do negócio, é importante separar bem os gastos e receitas, organizando as contas de maneira clara e objetiva.

O primeiro passo para essa separação é abrir uma conta bancária exclusiva para a empresa. Isso ajuda a manter as finanças organizadas e facilita a identificação de gastos e receitas empresariais.

Além disso, é importante manter uma planilha ou software de gestão financeira para registrar todas as movimentações, separando as despesas pessoais das empresariais. Com esse registro, é possível fazer um acompanhamento mais efetivo da saúde financeira da empresa e evitar problemas com o fisco.

Negligenciar metas e análises de desempenho

Além de serem realistas e condizentes com a situação da empresa, devem ser claras, específicas e mensuráveis, para que possam ser avaliadas com precisão.

Alguns indicadores que podem lhe auxiliar:

  • Aumentar as vendas: pode ser definido um objetivo de aumentar as vendas em um determinado percentual em relação ao período anterior;
  • Reduzir custos: pode ser definido um objetivo de reduzir os custos em um determinado valor ou percentual;
  • Melhorar a rentabilidade: pode ser definido um objetivo de aumentar a rentabilidade em um determinado percentual;
  • Aumentar a eficiência: pode ser definido um objetivo de reduzir o tempo de ciclo de produção em um determinado percentual.

A revisão e atualização constante de planos e métricas, para se adaptar a mudanças no ambiente externo e interno da empresa e garantir a sua sustentabilidade e crescimento a longo prazo, são fundamentais.

Deixar de atualizar documentação e relatórios

A falta de registros precisos e atualizados pode levar a erros na tomada de decisão, já que os gestores não terão acesso às informações necessárias para avaliar o cenário da empresa.

Além disso, documentos desatualizados podem causar problemas legais, com auditorias e fiscalizações. A falta de registros pode fazer com que a empresa seja pega de surpresa, podendo resultar em multas e outras penalidades.

Outro risco é a possível dificuldade de acesso a crédito ou investimentos, já que as instituições financeiras e investidores precisam de informações precisas e atualizadas para avaliar a saúde financeira da empresa.

Como otimizar a gestão financeira em pequenas empresas

Aqui vão algumas dicas que resumem e podem te ajudar a organizar, inicialmente, um fluxo para seu planejamento de gestão:

  • uma boa organização de documentos;
  • registros das movimentações financeiras;
  • fluxo de caixa atualizado e sempre à mão;
  • um olhar atento e rigoroso sobre estoque, logística e compras;
  • centralização e controle dos pagamentos.

Conclusão

E então, gostou do nosso conteúdo? Preparado(a) para criar um planejamento de gestão financeira de acordo com as necessidades do seu negócio?

A gestão financeira envolve um planejamento perspicaz por parte do empresário, mas que trabalha de forma integrada com diversos outros setores da empresa.

Esperamos que o conteúdo tenha deixado mais claro os detalhes dessa área que move a empresa e pode determinar seu futuro.

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