Os custos de manutenção de frota incluem gastos com peças, mão de obra, serviços externos, e tempo de inatividade dos veículos. Para controlá-los, é essencial adotar manutenção preventiva, acompanhar indicadores como MTBF e MTTR, automatizar agendamentos e utilizar plataformas de gestão.
Os custos de manutenção de frota representam uma das maiores pressões sobre o orçamento logístico de empresas que dependem de veículos para operar. Não se trata apenas do valor das peças ou da mão de obra: estamos falando de impactos diretos na produtividade, na disponibilidade da frota e até na qualidade do serviço prestado.
Ainda assim, muitos gestores lidam com esse custo de forma reativa, ou seja, só agem quando o problema já compromete o funcionamento da operação. Essa abordagem, além de ineficiente, tende a aumentar ainda mais os gastos com manutenção corretiva, paradas inesperadas e desperdícios.
Por isso, controlar, prever e reduzir os custos de manutenção de frota é uma prioridade para quem busca eficiência e sustentabilidade operacional. Ao longo deste conteúdo, você vai entender os principais fatores que influenciam esses custos, como calculá-los com precisão e quais estratégias usar para manter sua frota rodando com máxima performance e economia.
Índice
- Quais os principais custos da manutenção de frota?
- Peças e componentes
- Mão de obra
- Serviços externos (oficinas)
- Paradas e indisponibilidade operacional
- Logística de peças
- Custos de manutenção de frota fixos e variáveis
- Diferença entre manutenção preventiva, corretiva e preditiva nos custos
- Manutenção preventiva
- Manutenção corretiva
- Manutenção preditiva
- Impacto de cada tipo de manutenção
- Como calcular o custo por km rodado?
- Fórmula prática
- Variações por tipo de veículo
- Indicadores que ajudam a prever e reduzir custos
- MTBF – Tempo médio entre falhas
- MTTR – Tempo médio de reparo
- Horas-máquina paradas
- Adesão ao plano de manutenção
- Use tecnologia para monitorar tudo isso
- 7 estratégias para reduzir os custos de manutenção
- 1. Monitorar por indicadores técnicos
- 2. Padronizar oficinas e peças
- 3. Evitar manutenções corretivas
- 4. Automatizar agendamentos
- 5. Analisar histórico por veículo
- 6. Integrar com controle de abastecimento
- 7. Usar uma plataforma especializada
- Dúvidas comuns sobre custos de manutenção de frota
- Quais os maiores custos de manutenção em uma frota?
- Como evitar desperdícios com manutenção?
- Existe forma de prever falhas antes que elas aconteçam?
- Quando vale a pena terceirizar a manutenção da frota?
Quais os principais custos da manutenção de frota?
Entender os custos de manutenção de frota começa por identificar todos os fatores que compõem esse gasto — diretos ou indiretos. Muitos deles passam despercebidos no dia a dia, mas exercem grande impacto no orçamento geral da operação.

A seguir, listamos os principais elementos que influenciam o custo total da manutenção de uma frota:
Peças e componentes
São os itens mais óbvios — filtros, pneus, pastilhas, correias, baterias e demais peças de reposição. Os custos variam conforme o tipo de veículo, tempo de uso e padrão de manutenção adotado. Utilizar peças originais ou homologadas evita retrabalhos e prejuízos futuros.
Mão de obra
Inclui o valor pago a profissionais de manutenção, sejam internos ou contratados. O custo pode se elevar em situações de urgência, manutenções fora de horário ou em locais remotos.
Serviços externos (oficinas)
Quando a manutenção é terceirizada, entram na conta os serviços prestados por oficinas autorizadas ou credenciadas. Negociar contratos com valores pré-definidos e padronizados ajuda a manter previsibilidade e controle.
Paradas e indisponibilidade operacional
Um dos maiores vilões invisíveis. Cada hora com o veículo parado representa perda de produtividade, atrasos em entregas e, muitas vezes, necessidade de alocar outro veículo de backup. É um custo indireto, mas com grande peso no resultado final.
Logística de peças
Inclui o transporte, armazenamento e gestão do estoque de peças. Ter a peça certa, no momento certo, evita paradas prolongadas e custos com fretes emergenciais ou compras de última hora.
Custos de manutenção de frota fixos e variáveis
| Tipo de Custo | Categoria | Impacto no orçamento |
| Peças de reposição | Variável | Alto |
| Mão de obra | Fixo/Variável | Médio a alto |
| Serviços externos (oficinas) | Variável | Médio |
| Paradas e indisponibilidade | Indireto | Alto (difícil de prever) |
| Logística de peças | Fixo/Variável | Baixo a médio |
Dica: Ter visibilidade sobre todos esses custos, separando os fixos dos variáveis, é o primeiro passo para montar um planejamento de manutenção eficiente e reduzir desperdícios.
Diferença entre manutenção preventiva, corretiva e preditiva nos custos
Ao analisar os custos de manutenção de frota, é essencial entender como cada tipo de manutenção impacta diretamente o orçamento e a performance dos veículos. Embora todas tenham sua função, o equilíbrio entre elas determina o sucesso (ou o fracasso) da gestão da frota.
Abaixo, explicamos cada uma com seus respectivos efeitos no custo total e na rotina operacional.
Manutenção preventiva
É aquela realizada com base em um plano pré-estabelecido, geralmente seguindo a recomendação do fabricante ou um cronograma interno. Seu objetivo é evitar falhas antes que ocorram.
Vantagens:
- Evita imprevistos
- Prolonga a vida útil dos componentes
- Reduz custos no médio e longo prazo
Exemplo: troca programada de óleo, revisão de freios, calibragem de pneus, inspeção elétrica.
Manutenção corretiva
Ocorre após a falha ou quebra de um componente. Normalmente exige reparos urgentes e fora de planejamento, o que torna esse tipo de manutenção o mais caro e disruptivo.
Desvantagens:
- Alto custo com peças e serviços
- Parada imprevista do veículo
- Impacto direto na operação
Exemplo: pane elétrica durante viagem, quebra de motor, estouro de pneu em serviço.
Manutenção preditiva
Baseada em dados de sensores, telemetria ou históricos, permite antecipar falhas com base em análises técnicas. É altamente eficiente, porém requer tecnologia embarcada e análise constante.
Benefícios:
- Alta assertividade na prevenção
- Redução de paradas não planejadas
- Aumento da eficiência operacional
Exemplo: alerta de vibração anormal em eixo, leitura de desgaste de pastilhas via sensores.
Impacto de cada tipo de manutenção
| Tipo de Manutenção | Custo Médio | Impacto na Operação | Frequência |
| Preventiva | Baixo | Alto (positivo) | Recorrente e planejada |
| Corretiva | Alto | Alto (negativo) | Imprevisível |
| Preditiva | Médio | Muito alto (positivo) | Frequente com tecnologia |
Enquanto a manutenção corretiva gera custos elevados e insegurança, investir em preventiva e preditiva é a chave para reduzir gastos, evitar falhas e manter a frota disponível. Uma estratégia combinada, com apoio tecnológico, é o melhor caminho.
Como calcular o custo por km rodado?
Um dos indicadores mais relevantes para acompanhar os custos de manutenção de frota é o custo por quilômetro rodado (R$/km). Ele permite entender quanto cada veículo gasta, em média, a cada quilômetro percorrido — incluindo manutenções, peças, mão de obra e outros insumos técnicos.
Esse dado ajuda a:
- Identificar veículos com custo acima da média;
- Planejar orçamentos de forma mais precisa;
- Tomar decisões sobre renovação ou manutenção da frota.
Fórmula prática
A fórmula básica para calcular o custo por km rodado é:
Custo por km = Total de custos de manutenção / Quilometragem total no período
Suponha que sua empresa teve, em um trimestre:
- R$ 24.000,00 de custos totais de manutenção (incluindo peças, mão de obra e serviços);
- A frota percorreu 80.000 km nesse período.
O cálculo seria:
R$ 24.000 ÷ 80.000 km = R$ 0,30/km
Neste exemplo, cada quilômetro rodado custou R$ 0,30 em manutenção.
Variações por tipo de veículo
O custo por km rodado pode variar bastante conforme o perfil da frota:
| Tipo de Veículo | Custo por KM estimado (R$) | Observação |
| Carro leve (passeio) | 0,20 a 0,35 | Menor desgaste, manutenção mais barata |
| Utilitário leve | 0,30 a 0,50 | Uso comercial intensivo |
| Caminhão leve | 0,50 a 0,80 | Componentes mais robustos |
| Pesado/Longo curso | 0,80 a 1,20+ | Alta exigência operacional |
Obs.: Valores aproximados e variáveis conforme região, idade da frota e política de manutenção.
Ao acompanhar o custo por km rodado por veículo e por centro de custo, você pode criar metas de desempenho e identificar gargalos operacionais com mais precisão.
Indicadores que ajudam a prever e reduzir custos
Manter os custos de manutenção de frota sob controle exige mais do que apenas resolver problemas quando eles surgem. A chave está em antecipar falhas, agir com base em dados e tomar decisões estratégicas. Para isso, alguns indicadores técnicos (KPIs) são essenciais no dia a dia da gestão de frotas.
Confira os principais:
MTBF – Tempo médio entre falhas
O MTBF (Mean Time Between Failures) indica o tempo médio que um veículo ou componente opera sem apresentar falhas. Quanto maior esse número, mais confiável é sua frota.
Esse indicador ajuda a identificar padrões de desgaste e prever quando será necessário intervir, evitando panes inesperadas. Se o MTBF está caindo com frequência, pode ser um sinal de falhas no plano de manutenção ou uso de peças de baixa durabilidade.
MTTR – Tempo médio de reparo
Já o MTTR (Mean Time To Repair) mostra quanto tempo, em média, um veículo leva para ser reparado após uma falha. Um MTTR alto indica lentidão na resolução de problemas — o que compromete prazos, gera perda de produtividade e aumenta os custos indiretos.
A redução do MTTR pode ser feita com padronização de oficinas, disponibilidade de peças estratégicas e processos automatizados de atendimento.
Horas-máquina paradas
Este é um dos indicadores mais subestimados e um dos mais importantes. As horas-máquina paradas representam todo o tempo em que um veículo ficou indisponível para operação.
Mesmo que o custo da peça em si não seja alto, a inatividade do veículo pode gerar atrasos, uso de frota reserva, e até perda de contratos. Quanto mais tempo o veículo fica parado, maior o impacto financeiro.
Adesão ao plano de manutenção
Outro ponto crítico é verificar a adesão ao plano de manutenção preventiva. Esse indicador revela se os agendamentos foram cumpridos como planejado ou se a empresa está negligenciando revisões importantes.
Manter um alto índice de adesão reduz a ocorrência de falhas graves, prolonga a vida útil da frota e reduz custos com manutenção corretiva, que tende a ser mais cara e imprevisível.
Use tecnologia para monitorar tudo isso
A gestão desses indicadores manualmente pode ser complexa e propensa a erros. Por isso, soluções tecnológicas como a Gestão de Manutenção da Edenred automatizam o controle dos principais KPIs da sua frota.
Com ela, você:
- Recebe alertas inteligentes sobre desvios no plano de manutenção;
- Acompanha todos os KPIs em tempo real via dashboards;
- Gera relatórios detalhados para cada veículo ou centro de custo;
- Atua de forma proativa na redução de falhas e de custos.
7 estratégias para reduzir os custos de manutenção
Reduzir os custos de manutenção de frota não depende de uma única ação, mas sim da combinação de boas práticas operacionais, uso inteligente de dados e apoio da tecnologia. A seguir, listamos 7 estratégias eficazes que ajudam a evitar desperdícios, aumentar a disponibilidade dos veículos e controlar melhor o orçamento.
1. Monitorar por indicadores técnicos
Acompanhar KPIs como MTBF, MTTR, horas-máquina paradas e adesão ao plano de manutenção é essencial para identificar padrões de falha e atuar preventivamente. Esses dados ajudam a antecipar problemas antes que eles impactem a operação — e o caixa da empresa.
2. Padronizar oficinas e peças
Ao trabalhar com oficinas homologadas e peças padronizadas (preferencialmente originais ou com garantia de procedência), você reduz o risco de retrabalho e falhas reincidentes. A padronização também facilita a negociação de preços e o controle da qualidade dos serviços prestados.
3. Evitar manutenções corretivas
Manutenções emergenciais costumam ser mais caras, demoradas e imprevisíveis. Ao focar em ações preventivas e preditivas, a empresa mantém a frota disponível, reduz a incidência de falhas graves e consegue manter os custos sob controle.
4. Automatizar agendamentos
Usar um sistema automatizado para agendar manutenções com base em quilometragem, tempo de uso ou alertas técnicos evita esquecimentos e ajuda a garantir adesão ao cronograma de revisões. Essa prática reduz o risco de falhas por negligência.
5. Analisar histórico por veículo
Avaliar o histórico de manutenção por veículo permite identificar padrões de falha e veículos que geram mais custos do que deveriam. Essa análise é fundamental para tomar decisões como substituição da unidade, mudança de fornecedor ou revisão de rotinas operacionais.
6. Integrar com controle de abastecimento
Combinar os dados de manutenção com o controle de abastecimento permite identificar, por exemplo, se um consumo excessivo de combustível está relacionado a problemas mecânicos. A integração de dados entre áreas diferentes fortalece a gestão como um todo.
7. Usar uma plataforma especializada
Uma solução de gestão de manutenção automatiza todo o processo: planejamento técnico, controle de peças, análise de indicadores, alertas preventivos e relatórios detalhados. Isso elimina tarefas manuais, evita erros e reduz o tempo gasto com burocracia.
Com a Gestão de Manutenção da Edenred, você automatiza planos, evita trocas desnecessárias e gera relatórios que facilitam a tomada de decisão. Além disso, conta com um sistema completo, intuitivo e pronto para gerar economia desde o primeiro mês.
Dúvidas comuns sobre custos de manutenção de frota
Quais os maiores custos de manutenção em uma frota?
Os maiores custos geralmente estão relacionados a peças e componentes de reposição, especialmente quando não há controle preventivo. Itens como pneus, freios, embreagens e sistemas de suspensão costumam pesar no orçamento.
Além disso, mão de obra especializada e paradas inesperadas que afetam a operação também têm impacto elevado, mesmo que indiretamente.
Como evitar desperdícios com manutenção?
A melhor forma de evitar desperdícios é manter uma rotina de manutenção preventiva bem estruturada. Isso inclui seguir um plano técnico por quilometragem, monitorar indicadores como MTBF e MTTR e contar com oficinas padronizadas e confiáveis.
Outro ponto crítico é evitar trocas desnecessárias de peças por falta de histórico e análise, algo que pode ser resolvido com um sistema automatizado de gestão.
Existe forma de prever falhas antes que elas aconteçam?
Sim. Utilizando tecnologia e indicadores técnicos, como telemetria, leitura de sensores e análise de histórico por veículo, é possível aplicar a chamada manutenção preditiva. Essa abordagem antecipa falhas com base em comportamento e padrões de desgaste.
Soluções como a Gestão de Manutenção da Edenred já oferecem recursos que ajudam a identificar essas anomalias de forma automática.
Quando vale a pena terceirizar a manutenção da frota?
A terceirização pode ser vantajosa para empresas que não têm estrutura interna ou volume suficiente para justificar uma oficina própria. Também é indicada quando se busca padronização de processos, redução de custos fixos e acesso a especialistas.
No entanto, é fundamental escolher fornecedores homologados, com SLAs bem definidos e integração com sistemas de gestão para garantir visibilidade total dos custos.
A gestão eficiente dos custos de manutenção de frota é um dos pilares para aumentar a competitividade de qualquer operação logística ou comercial. Controlar esses gastos significa reduzir imprevistos, aumentar a disponibilidade dos veículos, prolongar sua vida útil e gerar economia real para a empresa.
Além disso, contar com indicadores técnicos e ferramentas automatizadas permite transformar dados operacionais em decisões mais rápidas e estratégicas, saindo da manutenção reativa e assumindo uma postura preventiva e preditiva.
Com o suporte de soluções completas, como a Gestão de Manutenção da Edenred, você passa a ter visibilidade total dos seus custos, reduz desperdícios e fortalece a performance da sua frota.
Quer continuar evoluindo sua gestão de frotas? Acesse o Blog da Edenred Mobilidade e descubra outros conteúdos sobre abastecimento, pedágio, sustentabilidade e tecnologias que estão transformando o setor.
Leia também:

