74,8% dos gestores de frota dizem estar planejando investimentos em tecnologias para gerir frotas e otimizar operações logísticas. Desse recorte, mais de 20% afirma ter direcionamento e disponibilidade para investir mais de R$ 1 milhão/ano em soluções inovadoras, combinando recursos, tecnologias e pessoas.
Quase 90% dos gestores de frota definiram o fator “segurança” como sendo o mais prioritário em suas tomadas de decisão, de acordo com o primeiro estudo da década sobre Tendências para a Gestão de Frotas e logística realizado pela Trimble Transportation Latam, junto com a Younder EdTech. A mesma pesquisa – que entrevistou mais de 200 profissionais da categoria – apontou também que cerca de 83% deles têm como foco dos seus esforços na década atual a capacitação dos motoristas, seguida de “redução de custos”, aspecto escolhido por pouco mais de 70% dos respondentes como mais prioritário.
Como esses dados se conversam? O que têm em comum? Juntos, eles apontam para uma única direção: a urgência da evolução digital na gestão de frotas no Brasil. A saúde dos índices de segurança, capacitação e custos – top 3 principais fatores que guiam as decisões dos especialistas, segundo a pesquisa – vão precisar passar, necessariamente, por processos de inovação e tecnologia para ganharem escala e patamares mais expressivos.
Inovação na gestão de frotas e recortes de mercado
O amadurecimento da gestão de frotas ao longo dos anos tem colocado a introdução e uso da tecnologia nos processos logísticos como um diferencial competitivo nas operações. A 4ª e mais recente edição do estudo mencionado – que, desta vez, contou com quase 400 gestores de frota respondentes – listou os objetivos centrais das metas estabelecidas pelas suas empresas para 2024, são eles:
- Inovações e processos para otimizar fluxos e integrar a gestão de frotas
- Eficiência e produtividade focados na otimização de custos e manutenções
- Capacitação e desenvolvimento de pessoas para reduzir acidentes
- Sustentabilidade para redução da emissão de CO2
Para atingir os seus resultados, 74,8% dos participantes da pesquisa dizem estar planejando investimentos em tecnologias para gerir frotas e otimizar operações logísticas. Desse recorte, mais de 20% afirma ter direcionamento e disponibilidade para investir mais de R$ 1 milhão/ano em soluções inovadoras, combinando recursos, tecnologias e pessoas.
Considerando um recorte global, um estudo conduzido em 2024 pelo observatório da Arval entrevistou mais de 8.000 empresas que atuam com gestão de frotas e apontou que a grande maioria delas (91%) preveem que sua frota permanecerá estável ou apresentará crescimento em até 3 anos. O principal impulsionador no caso das companhias focadas em expansão de frotas – indicado por 73% dos entrevistados – é o crescimento e desenvolvimento dos negócios. 36% das empresas estão considerando introduzir ou aumentar ainda mais o uso de full-service leasing nos próximos 3 anos.
Os números falam por si só e mostram que a tendência não é de redução na estrutura de mobilidade, mas de aceleração, inovação e otimização do que já está posto.
Qual o potencial econômico de impacto da evolução digital nas empresas?
É alto o grau de complexidade demandado do planejamento de negócio de empresas que fazem gestão de frotas. Otimização de custos operacionais, manutenção e reparos dos veículos, regulamentos e protocolos de governança, gestão e controle de combustível, monitoramento e relatórios de rotas, gestão de pessoas e capacitação de motoristas, segurança das cargas, dos colaboradores, dos veículos… Entre tantas responsabilidades e atribuições somente na frente logística, é possível – e até comum – o surgimento de pontos cegos.
Ferramentas de gestão digital para controle de dados têm a capacidade de serem o ecossistema adequado para apoiar a execução e centralizar o acompanhamento dos processos-chave mencionados acima, que são tão desafiadores na rotina das companhias de todos os portes. Agilidade, assertividade e transparência nas tomadas de decisão também são impactos diretos no negócio que a Transformação Digital é capaz de proporcionar, através de automatizações e integrações com plataformas com inteligência de ponta.
“É a tecnologia – inserida em uma cultura de evolução digital – o grande antídoto para os detratores da eficiência, afinal, uma operação de alto nível não abre “brechas” para pontos cegos capazes de ameaçar a rentabilidade do negócio. Em um cenário onde as margens de lucro são cada vez mais estreitas, a digitalização se torna um diferencial competitivo”, enfatiza Douglas Pina, atual Diretor de Mobilidade da Edenred.
O olhar dos investidores sobre tecnologia, inovação e sustentabilidade
A tendência crescente da pauta ESG na realidade corporativa brasileira contribuiu diretamente para conectar ainda mais os pilares de tecnologia, inovação e sustentabilidade. São elementos interdependentes entre si, funcionando quase que como um triângulo fundamental que sustenta e caracteriza a estrutura de boa parte das empresas consideradas “cases”, exemplos, no Brasil. Sem a tecnologia fomentando a base, não há como construir ações de grande porte, mudanças de cultura e revolução corporativa. Pelo menos não em um nível escalável.
E isso não é novidade para investidores, que sabem da cultura crescente do ESG no mundo e têm cada vez mais claro o entendimento de que as pessoas sabem do que se trata o tema e valorizam empresas que escolhem priorizá-lo… Dados ilustram bem esse fato. Uma das maiores consultorias do mundo, a EY, conduziu uma pesquisa com mais de 1.300 líderes financeiros e investidores, sendo algumas das constatações:
- 99% do investidores brasileiros utilizam relatórios ESG divulgados pelas companhias-alvo antes de tomarem decisões de investimento;
- 78% dos investidores respondentes consideram que gastar recursos com iniciativas ESG é relevante, mesmo que isso deprecie o lucro no curto prazo;
A Edenred é uma das pioneiras nessa modalidade de investimentos, não apenas firmando comprometimento nas declarações culturais e expansão dos valores, mas também no planejamento das quantitativo do negócio, no que diz respeito a alocação de capital e definição de indicadores. Abaixo, para benchmarking, é possível visualizar o modelo de KPI’s para a estratégia de sustentabilidade da companhia no curto, médio e longo prazo, cujos dados foram extraídos a partir do último relatório anual.
Somente em 2023, a Edenred deixou de emitir 108,678 tCO2e, o equivalente a 3.003 mudas de árvores conservadas por 20 anos e 19 toneladas de resíduos foram enviados
para reciclagem. Na frente de educação corporativa, foram quase centenas de funcionários aderindo a programas de aceleração e treinamento de prevenção a acidentes de trabalho e capacitação técnica para atuarem em suas funções. Em se tratando de políticas de diversidade, pouco mais de 200 colaboradores participaram ativamente de grupos de afinidade de Gênero, Raça, condição social, etc.
“Em um cenário onde consumidores estão cada vez mais conscientes, empresas que integram práticas sustentáveis em suas operações não só fidelizam clientes, mas também atraem novos investimentos. À medida que as regulamentações se tornam mais rigorosas e a pressão social aumenta, as empresas que não adotarem práticas sustentáveis correm o risco de ficar para trás em um mercado que valoriza cada vez mais a responsabilidade corporativa”, argumenta Douglas Pina, atual Diretor de Mobilidade da Edenred.
“A discussão sobre ESG deve incluir uma reflexão crítica sobre seus objetivos. Enquanto muitos investidores focam na melhoria do retorno, uma parcela significativa busca promover o desenvolvimento sustentável e a responsabilidade social. O desafio é equilibrar esses interesses, criando estratégias que atendam às expectativas de retorno financeiro e ao mesmo tempo contribuam para o bem-estar da sociedade e do planeta”, acrescenta Douglas Pina.
3 critérios para escolher boas ferramentas digitais para operacionalizar frotas
“No Brasil, o que há de mais inovador e relevante atualmente na gestão de frotas?” Uma das respostas possíveis para esta pergunta seriam as soluções digitais de gestão de frotas, que nada mais são do que softwares que fazem a centralização de dados, o controle das operações logísticas, monitoramento de consumo de combustível a definição de padrões comportamentais a análise dos dados, telemetria e rastreamento de cargas, etc. E como escolher a ferramenta mais adequada para o seu negócio?
- Funcionalidades:
Faça um levantamento das necessidades mais latentes do seu negócio. Com essas informações em mãos, questione qual das plataformas que você está considerando melhor atendem a elas. Se a maior dor da sua empresa, atualmente, gira em torno de um único pilar, pode fazer mais sentido investir na solução referência naquele pilar, mesmo que não seja a mais completa.
Em contraponto, se as suas dores estão pulverizadas em várias frentes, o fator custo-benefício pode ser um grande aliado. Avalie e escolha a plataforma cuja proposta de valor contemple soluções mais completas.
De toda forma, em ambos os casos, leve em conta ferramentas que entreguem de forma satisfatória uma visão de rastreamento em tempo real, uma previsibilidade das demandas de manutenção de frotas e que permita que a sua equipe possa extrair relatórios de performance da operação, para viabilizar análises e, consequentemente, otimizações no negócio.
- Usabilidade:
De nada adianta contratar ferramentas altamente inovadoras e completas se não forem acessíveis no uso, afinal, a intenção é que todo o seu time de logística possa utilizá-la e extrair insights dela. Priorize ferramentas de fácil usabilidade, com interfaces intuitivas e, principalmente, compatíveis e capazes de se integrarem a outros sistemas internos que a empresa já utiliza.
- Suporte:
Para garantir um apoio técnico no dia a dia, opte por soluções que tenham um suporte técnico qualificado e ágil, para atender a sua empresa em um SLA factível para não comprometer as suas operações e entregas.
Ainda segundo o estudo da Arval – em uma perspectiva global – 40% das empresas adotaram uma ferramenta telemática para seus carros de passeio ou LCV, mas apenas 16% das empresas equipadas afirmam estar usando os dados, evidenciando um gap expressivo entre a paramentação e uso de dados, impedindo-as de explorarem o maior potencial da sua estrutura de otimização operacional. Portanto, tão importante quanto saber escolher uma boa ferramenta, é promover a cultura de dados para extração de valor e insights a partir dela e equipar as equipes em relação ao uso ferramental.
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Referências e links úteis: