Em 2025, o setor de transporte rodoviário de cargas no Brasil enfrenta novos desafios com o reajuste na Tabela de Frete da ANTT e o aumento da taxa Selic. Essas mudanças impactam diretamente os custos operacionais e exigem adaptação estratégica por parte das empresas do setor.
Reajuste na tabela de frete da ANTT
Em fevereiro de 2025, a ANTT publicou um reajuste nos pisos mínimos de frete para o transporte rodoviário de cargas. O aumento ocorreu devido à alta de 5,57% no preço do Diesel S10 para o consumidor. A Lei nº 13.703/2018 exige a revisão dos valores sempre que a variação ultrapassa 5% .
Os reajustes médios por tipo de operação foram:
- Tabela A: Transporte rodoviário de carga lotação – reajuste de 2,13%
- Tabela B: Veículo automotor de cargas – reajuste de 2,40%
- Tabela C: Transporte rodoviário de carga lotação de alto desempenho – reajuste de 2,64%
- Tabela D: Veículo de cargas de alto desempenho – reajuste de 2,99%
Esses ajustes visam adequar os custos operacionais das transportadoras e assegurar uma remuneração justa aos profissionais do setor .
Aumento da taxa Selic
A taxa Selic foi elevada para 13,25% em janeiro de 2025, impactando diretamente o custo do crédito e, consequentemente, os financiamentos de veículos e operações logísticas. Esse aumento encarece o financiamento de novos veículos e pode afetar a renovação da frota, além de influenciar o custo do transporte devido ao maior custo do capital .
Impactos no mercado de transporte
Os reajustes nos pisos mínimos de frete e o aumento da Selic resultam em custos mais elevados para as transportadoras, que podem repassar esses aumentos aos clientes. Além disso, a alta no preço do diesel e a elevação da taxa Selic pressionam ainda mais os custos operacionais, exigindo uma gestão financeira mais eficiente e estratégias de otimização de rotas e cargas.
Adaptação estratégica
Para enfrentar esses desafios, é essencial que as empresas do setor:
- Reavaliem suas estratégias de precificação, considerando os novos custos operacionais.
- Otimizem suas operações logísticas, buscando eficiência no uso da frota e redução de custos.
- Invistam em tecnologias de gestão de transporte, que auxiliem na tomada de decisões baseadas em dados.
- Mantenham-se atualizadas sobre as regulamentações da ANTT, garantindo conformidade e evitando penalidades.
- Consultem especialistas, buscando orientação de consultores tributários e financeiros para otimizar a adaptação às novas exigências fiscais e de crédito.
Conclusão
Os reajustes na tabela de frete da ANTT e o aumento da taxa Selic representam desafios significativos para o setor de transporte rodoviário de cargas. No entanto, com estratégias adequadas e gestão eficiente, é possível mitigar os impactos e manter a competitividade no mercado.